terça-feira, 6 de setembro de 2016

MOCHILEIRO, EU.

Acordar e viver um dia após o outro é algo louco para os céticos.
Acordar, colocar a mochila nas costas sem saber que horas vai voltar ou se vai voltar pra casa, torna-se um incômodo para os presidiários de sua própria rotina. A melhor rotina é aquela que faz você pegar um ônibus, pagar meia-passagem e saber que seu destino lhe traz prazer, traz-lhe felicidade.
Olhar e ver que além dos olhos das pessoas têm um pedido de socorro! Mostrar que viver não é sobreviver, e que dinheiro não é o senhor da plenitude humana.
Perguntaram-me certo dia o que me fazia ser tão intenso, respondi ao analisar-me: —É acordar e não saber o que vai acontecer no decorrer do dia. É tentar de novo após ter errado; é sair sem perguntar que horas voltarei ou como voltarei; é querer estar no lugar que estou, mas é também não se conformar com a condição que estou. Sorrir com os olhos quando a circunstância não lhe permite gargalhar; criar textos que eternizem momentos e pessoas. Perceber que as pessoas devem ser amadas e as coisas devem ser usadas. Ser intenso é valorizar cada expressão de felicidade e não zombar de cada lágrima que cai, seja ela dos seus olhos ou de qualquer pessoa. Ser intenso vai além de palavras escritas neste texto vão, vai além de argumentos ditos por filósofos. Ser intenso é viver!

sábado, 3 de setembro de 2016

SENTIR DEMAIS

O problema é sentir?
Não! O problema é sentir demais, gostar de mais, pensar demais, provocar essa mistura sisnetésica dentro de um vidro que resultará numa solução química indesejada.
"—Eu gosto de você!", mas se eu respondesse que eu "gosto bem mais" iniciaria uma disputa. Nunca goste "menos", talvez seja isso que eu esteja precisando: gostar menos dos outros é gostar mais do Igor Marques, ele precisa mais de mim... Aliás, é com ele que sempre durmo e acordo.
Qual seria a solução desse desatino emocional que rasga os músculos do meu tórax, perfurando o coração e fazendo que o sangue disperse por todo o corpo? A solução de tudo isso é permanecer hemorrágico até que a intensidade se esvaia pelos póros do meu corpo.