sábado, 4 de fevereiro de 2017

SEM MEDO?

O medo pra mim não é trevas. É luz!
É a luz que me faz ficar mais atento, mais acordado, mais cauteloso.
É difícil olhar para dentro de si e assumir os temores que nos assombram...
Essas assombrações gritam em nosso subconsciente todo dia... Às vezes nem percebemos, mas todo dia passamos por situações que nos despertam os medos ocultos.
Negamos que sentimos medo de escuro, da morte, medo de ficar sozinho no decorrer da vida, porém, o maior medo é de sentir medo. Medo do confronto, medo de descobrirmos quem somos realmente.
Li uma vez que o maior medo “é de perder sua mão, do mostro debaixo da cama da minha infância, de não dar orgulho aos nossos pais, de se misturar na escuridão, de andar sozinho, de não ser correspondido [...], medo é a frequência que incomoda os batimentos do meu peito, é o que me faz perder de vista meus objetivos”.
É aquilo que cresce quando estamos a sós em um lugar desconhecido. É quando estranhos se aproximam em lugares desertos em noites sombrias. É sobreviver e não viver. É chorar e não ter quem lhe ofereça um colo. É estar longe de quem amamos. É receber a prova de uma disciplina difícil. É ter um filho e não ter o que dar de comer. É o freio do carro em cima de você. É a tempestade que não cessa. É o momento que se tem que falar em público. É o mergulhar num rio de águas turvas. É pular de bangjump. É rir quando não deve. É ter que ir ao legista reconhecer um corpo. É ver sua vida passar diante dos seus olhos...
Paralisa, enrijece, surpreende, choca, emudece, irrita, estremece... Como posso ser alguém que nunca sente medo?

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